segunda-feira, 30 de junho de 2008

Televisão...




“Ô Cride...fala pra mãe...”

E o pior aconteceu, parece que a profecia se cumpriu; há 23 anos um grupo de jovens alertou sobre os vícios e alienações provenientes deste aparelinho mágico chamado televisão. Parece que de fato, depois de 23 anos a “televisão nos deixou burros, muito burros demais...”
Nos dias atuais, temos um ponto de referência importantíssimo dentro de nossas casas, ela mesma: a nossa televisão, como nos diz a própria propaganda, ela nos proporciona entretenimento, cultura, conhecimento, diversão e de quebra ainda nos traz tudo sem que precisemos nos levantar de nossas ociosas poltronas. Dizem ainda, que ela foi uma das melhores invenções da humanidade! (com toda certeza, para os quem detém o poder e o domínio), falavam em revoluções por meio da mesma, proclamavam inovações extraordinárias. É ainda, de suma importância, que se destaque o poder de dominação por parte de outrem de outras épocas em relação aos dias de hoje, ao mesmo tempo que o domínio forçado do passado foi sendo metamorfoseado pelo domínio subliminar e alienatório atuais. Grande parte desta “troca de controle” se deve à esta ferramenta universal de enclausura, que durante os anos vêm tendo um poder maior sobre os que a possuem.
Na nossa contemporaneidade, trocamos minutos, horas e dias vividos, pelo mesmo tempo em “hábito cultural” frente a uma TV; substituímos nosso tempo de arriscar, de buscar, conhecer e melhorar, por horas de patetices, mediocridades, imbecilidades e acima de tudo por uma segurança extremamente desnecessária que se faz através dessa rotina exacerbada de previsibilidade a qual no submetemos. Através da mídia, podemos conseguir tudo o que queremos: moral, princípios, educação, desejo, satisfação, e com apenas um número que você veja na TV e disque, poderá ter o mundo à seus pés...ou melhor...”em suas mãos”; tudo isso porque A gente se vê por aqui, claro que se vê, como diria uma musica do Capital Inicial: “...eu adoro a minha televisão...vejo o que nunca vou ter, vejo o que nunca vou ser...”, daí realmente fica fácil entender porque é que a gente se vê por aqui.
Após tantas promessas e premissas, o que vemos é cada vez mais a atuação do capitalismo darwinista por meio de seu instrumento mais forte, entrando pouco a pouco em nossas casas e famílias e dando conta de nossas vidas, já não nos vemos sem essa magnífica invenção; o vício impregnou e agora não damos um passo sem que tenhamos como base algo que vimos na ou escutamos na TV. Se formos nos remeter entre a escolha desse ou daquele instrumento que nos manipula, então que fiquemos com Deus, pois esse ainda se demonstrou menos prejudicial e uma alienação parcial da massa e não total...

Escrito por: Jonas Angelo M. F.

For read: Cultura: Um conceito Antropológico; René Descartes: O discurso do Método.
For Watch: Os simpsons: 1° à 19° temporada; O guia do Mochileiro das Galáxias.
For Listen: Pitty: Anacrônico; Green Day: Warning.