sexta-feira, 9 de maio de 2008

Flexíveis conceitos, numa sociedade inflexível.


Flexíveis conceitos, numa sociedade inflexível

Poderia eu aqui, vir a argumentar alguns temas como: Ignorância, alienação, arrogância, mesmices, mediocridades; mas não, preferi falar sobre outros males que assolam a sociedade contemporânea, males que muitas vezes nos cegam de tal forma que nem mesmo ao ponto de alguém nos mostrar de forma veemente a verdade, conseguimos enxergar o cruel e mais ingênuo dos seres em sua mais pura e sincera forma,o humano!
Dando ênfase a uma expressão corriqueiramente usada, podemos facilmente retirá-la de seu contexto e sentido pejorativo, e trazê-la à um meio onde uma vez situada, se é dado conta de que o envoltório que permeia esta palavrinha cotidianamente aplicada, e que por muitas vezes usadas sem o mínimo de raciocínio, é imenso e extremamente complexo; apesar disso, somos passíveis em momentos pós-reflexivos de ter a noção exata que, simultaneamente ao compreendermos seus vários âmbitos mediante esforço e concentração podemos concluir que é simplório aplicá-la e entendê-la nas mais variadas situações da nossa complexa humilde vidinha.
Os famosos “Preconceitos” (sem hífen), tão usados e proferidos em nossa sociedade, tornaram-se tão indispensáveis em nosso cotidiano, quanto o ar que supostamente respiramos (sinceramente, creio eu que simplesmente engolimos ar, mas não vem ao caso). Ao ouvir algo que não gostamos, procuramos de cara a primeira e fundamental saída como forma de defesa orgânica, ou seja, própria do organismo, usamos anticorpos psicológicos chamados “Preconceitos” (sem hífen) que possuem fundamentalmente a missão de atacar; nossa sociedade tão evoluída e preocupada conosco mesmos, nos compele ao automático que já se encontra impregnado em nossas falas e atitudes, ou seja, em nossas vidas, sejam elas particulares ou não. O simples ato de dizer que algo foi, ou lhe é preconceituoso, já gera toda uma cadeia na qual se movimentam pensamentos, comportamentos, emoções e sentimentos, que certamente acarretarão conclusões precipitadas e nem sempre corretas acerca do assunto.
Os nem tão “pop’s” quanto seus homônimos, os tais “Pré-conceitos” (com hífen), deveriam ter, se não o mesmo, um sentido muito próximo dos outros citados no parágrafo anterior, só não o é, porque os detentores de tal poder de molde e mudança, acabaram por trazer à tona esse sentimento, e por que não dizer comportamento, de exclusão que envolve hoje todo um planeta, e que por conseqüência maior não permite que o próprio ande pelos seus próprios meios. Se podemos hoje em dia, tirar conclusões, ainda que precipitadas, à respeito de dados assuntos, é graças ao nosso “Pré-conceito” (com hífen), ele constitui uma base importante de nossos pensamentos mundanos, uma base sólida, na qual podemos ter a garantia de estar pisando em terreno firme, pois sem dúvida, é através deles e de mais ninguém que fazemos projeções à respeito de situações, que se fossemos encarar à puro, livre, e aberto espírito, certamente mais cedo ou mais tarde seríamos tragados ao abismo do erro, mas poderíamos aprender com ele, é o que dizem por aí, a não ser que fosse fatal
As mais variadas formas de atitudes que tomamos, sejam elas preconceituosas ou não, são meios complexos pelos quais nos fazemos seres sociais, ou seja, que constituem uma sociedade, não importando sua índole; se hoje tomamos atitudes desonrosas frente há algum problema, logo caem de “Preconceito” (sem hífen) em cima. Mas paremos para pensar, e se tal pessoa que nos julgou momentaneamente fosse quem tivesse cometido tal “erro”, qual seria nossa atitude diante desta? Certamente faríamos o mesmo que o carrasco põe em prática diante de sua indefesa vítima.Mas e ao agirmos rotulando e taxando determinadas instâncias, estaríamos ao mesmo tempo sendo preconceituosos? E se estivéssemos, onde entraria nossa defesa, nosso escudo de proteção? Ainda mais nos dias de hoje, na sociedade que nos encontramos, estaríamos realmente agindo para o mal (preconceito), ou será que simplesmente constituiríamos uma defesa (pré-conceitos)???????? Pense nisso.
“Pré-conceitos” (com hífen), são instrumentos que usamos para nos proteger acima de tudo, proteção é necessidade do ser humano, esse escudo nos foi dado não através dessa palavrinha composta, mas sim através de ensinamentos e vivências pelos quais passamos, a palavra é uma extensão que se encaixa perfeitamente no sentido, na finalidade de se defender.“Preconceitos” (sem hífen), são poderosas armas das quais nos apossamos para supostamente julgar atitudes e comportamentos, mas não percebemos que essa é somente uma máscara para podermos de alguma forma atacar despercebidamente o outro, tentado enfraquecê-lo para não precisar ir à luta e à guerra, e posteriormente ter que admitir falhas da estrutura, falhas nossas, em outras palavras:“Dar o braço a torcer”.
Atualmente não fazemos questão alguma de nos situarmos no lugar de outro, e assim conseqüentemente recebermos nossos próprios golpes, a partir do momento que tomarmos tal iniciativa, veremos que o outro também sente, pensa e acima de tudo, é humano como nós, a não ser que não sejamos.............

“Conhece-te a ti mesmo”




..............Por Jonas Angelo.



-Listen!- 14 Bis-Bola de meia, bola de gude / Green Day- Nice guys finish last / Beethoven- No. 9° symphony.
-Movies!- Laranja mecânica / O show de Truman, o show da vida.
-For read!- “Nietzsche- O anticristo” pelo próprio / “Os miseráveis” Victor Hugo

Nenhum comentário: